terça-feira, 22 de junho de 2010

Antônia eu te amo

Quando um filho nasce a gente tem um instinto animal de proteger e alimentar. Está implícito que você ama aquela bebê simplesmente, ou melhor, complexamente porque saiu da sua barriga após nove longos meses.
Na realidade não é assim que acontece. O amor não entra no coração quando o cordão se rompe no nascimento. Ele vai surgindo conforme mãe e filho se conhecem, se tocam, se olham. O amor vem de mansinho, devagarinho e sem perceber, aquela criatura gordinha passa a ser mais PARTE DE VOCÊ do que quando estava DENTRO DE VOCÊ.
A Antônia é a minha pequena, minha menina, minha querida. Chegou de avião, na classe econômica em zona de turbulência profissional, e ao invés de um pãozinho debaixo do braço, ela trouxe uma barrinha de cereal. Acho que veio de Webjet...
Não importa... Não quero me separar dela, queria guardar de volta na barriga todas as noites, sempre que chove com trovoadas... e não é só por instinto. É por amor.