segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Menino estrela. Estrela. Estrela. ESTRELA

Vida muito, vida grande, tempo pequeno. O registro desses dias tem sido miúdo, mas não as vivências. Filhos que crescem sem me pedir, coração esmagado de saudade mesmo estando perto. Este fim de semana meu pequeno menino tímido, desabrochou no "palco iluminado com a alma cheirando a talco/ como bumbum de bebê. De aura clara, só quem é carividente pode ver..." À vontade e cheio de si, cantou e dançou brilhando que nem estrela. Nestes dias me convenço de que cada sacrifício vale a pena e que escolhemos uma escola capaz de proporcionar experiências completas e profundas. Estávamos cercados de amigos, amigos dos amigos, dos pais...uma nova família que se formou com surpresa no meio de marmanjos mais que experimentados. Homenagem a Gonzagão, sagitariano cabra da peste que se deixava tocar por emoções tão primitivas quanto o gosto do suor da morena. Homem forte, intenso, imenso. João já conhece. Depois das emoções do fim de semana, ganhei a noite de hoje quando deitei do seu lado e com a mão pequena de menino, pegou na minha e no dedo anelar colocou o anel do lanterna verde. Olhando no meu olho deu um beijo dizendo: "Mamãe, depois que você for pra sua cama dormir, eu vou também. Vou deitar do seu lado pra te fazer carinho." Depois disso, virou de lado, agarrado no meu braço e... dormiu sorrindo.

segunda-feira, 25 de junho de 2012

sem chupeta

4 anos e nada do João largar a chupeta. Junto dela vinha a fralda para dormir e a mamadeira. Tentamos de uma forma frouxa, ir tirando uma coisa de cada vez, mas eu me rendia sempre que via aquele denguinho triste de menino grande pequeno. Tenho dificuldade de deixa-lo crescer, de entender que é preciso. Mas depois de duas noites de abstinência... ele conseguiu. Ele e eu. Preciso deixa-lo ir em frente. Quanto mais, menos meu. E vai ser sempre assim. Oficalmente, com quatro anos e dois meses.

segunda-feira, 4 de junho de 2012

CHILIQUINHO.... segunda feira, oito e vinte da manhã. A usual confusão na saída de casa é um clássico repaginado quando se trata do primeiro dia da semana. Não acho a chave do carro, Antônia quer levar um vidrinho de shampoo pra mostrar às amigas, João chora porque eu não sei onde coloquei o dele e Pedro chama todo mundo às trovoadas suando de nervoso. Todos instalados em suas cadeirinhas e lá vamos nós. Minha carona é curta, mas valiosa, já que carrego além da bolsa oficial, mais duas extras com provisões para o dia inteiro. O falatório continua comendo solto no banco de trás sendo Antônia a usual protagonista e o João, irritado com tanta progesterona de vez em quando solta um "PARA DE FALAR TÔNIA!". Ainda em frente ao Parque Lage continua a história do maldito shampoozinho e o Pedro manda "OLHA O CHILIQUINHO!" e sem perder a oportunidade e imendando em outro assunto, Tonica pergunta: "ONDE PAPAI? CADÊ O CHILIQUINHO?". AHAHAHAHAHAHAHAHAHA A GARGALHADA FOI GERAL... Bela forma de começar a semana!

terça-feira, 3 de abril de 2012

feliz aniversário meu filho...

Ha 4 anos não fico doente. Quatro anos que não saio de mim. Quatro anos que não durmo e não reclamo. Quatro anos que não como o primeiro pedaço, não vou ao banheiro sozinha. Há quatro anos sou beijada muitas vezes diariamente. Quatro anos que minha audição é seletiva, minha paciência estratosférica, minha imagem… diferente. Diferente de antes que antes era só para mim, em mim, assim… Sou capaz de me transformar em bruxa e heroína, e o Pantone hoje tem milhares de outras cores. Sou carne moída, relógio de 30 horas, sou mais forte que bala de canhão. Sou sem-vergonha, verdade, nem ligo. Há quatro anos ninguém me incomoda, ninguém me derrota e comigo ninguém pode.
Foi ontem e é hoje, é todo dia porque tenho João, meu filho, minha espada, meu diamante, meu pão. Quero saúde, pra assistir ao teu mergulho na vida. Pra te dar a mão, escutar teu grito, e simplesmente estar. Obrigada meu filho. Depois de você, minha vida é sol. Deus te abençoe.

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Palhaços de Meia




Em tempos de colônia de férias, a creche (sensacional!), está com o tema do circo. Ontem teve show de mágicas, outro dia aquelas bolas de encher compridas que dá pra mexer e transformar em bichinhos e todas as atividades em torno do tema. Não dá pra guardar tudo que eles trazem, mas resolvi que vou pelo menos fotografar alguns os trabalhinhos e publicar aqui. Olha os palhacinhos que eles fizeram com meias!

Eles estão crescendo...

As crianças crescem. João fala quase que perfeitamente, constrói frases elaboradas e expressa muito bem seus sentimentos.
“- Estou muito aborrecido. “
Por que João?
“Porque a Antônia não quer me dar a espada.”
Toda noite reza e quando termina, diz que me ama. Tem medo de ficar no quarto quando acorda de madrugada e ivariavelmente termina na nossa cama. São as sombras. Já expliquei que elas só existem porque existe a luz, deixei uma lanterna debaixo do travesseiro, mas nada adianta. Acho que elas se transformam em bruxas que ele tem adoração e pavor.
Adora “ler”e tenho estimulado este gosto, também com gibis, ótimos para que se distraia no carro ou no banheiro. Ele mesmo conta as historinhas, que invariavelmente começam com “era uma vez” e terminam com “foram felizes para sempre”
A chupeta e a mamadeira continuam firmes, mas começam a incomodar. Semana passada fizemos a primeira tentativa, a pedido dele, para dormir sem fralda. É um claro periodo de transição que se complica por conta da irmã.
Nada como Acquaman, se joga da borda de qualquer piscina sem medo algum. Fica perto da borda, numa verdadeira aula de “natação defensiva. Aos poucos as preocupações são dominuídas, a cada conquista de independência.
Antônia cresce palhaça, cheia de trejeitos e meninices. Feminina e atirada, sem medo de nada além do Saci. Abraça e distribui beijos, sempre escorrida de tinta, maquiagem, caneta, catarro, mate e melancia. Tem pernocas fortes e imita o irmão em tudo. Brinca sozinha, e adora um paninho. Paninho pra enrolar a boneca, limpar o nariz, o chão ou dormir.
Os dois me abraçam o tempo todo, vivem subindo pelas minhas costas , pelas pernas e entram cada vez mais fundo no meu coração. Eu, tenho trabalhado muito, ficado cansada e tido menos tempo do que gostaria para ficar com eles, assim…fazendo tudo e nada. Não estou perdendo o crescimento deles, mas a vontade de estar perto só aumenta. Me preparo para mais uma viagem no final de fevereiro. Onze dias sem esse cheiro, sem as coçadinhas, esses olhinhos. Queria poder apertar um botão de pausa…Pausa….Pausa….Pausa. Pra que mesmo a gente corre tanto?