quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Eles estão crescendo...

As crianças crescem. João fala quase que perfeitamente, constrói frases elaboradas e expressa muito bem seus sentimentos.
“- Estou muito aborrecido. “
Por que João?
“Porque a Antônia não quer me dar a espada.”
Toda noite reza e quando termina, diz que me ama. Tem medo de ficar no quarto quando acorda de madrugada e ivariavelmente termina na nossa cama. São as sombras. Já expliquei que elas só existem porque existe a luz, deixei uma lanterna debaixo do travesseiro, mas nada adianta. Acho que elas se transformam em bruxas que ele tem adoração e pavor.
Adora “ler”e tenho estimulado este gosto, também com gibis, ótimos para que se distraia no carro ou no banheiro. Ele mesmo conta as historinhas, que invariavelmente começam com “era uma vez” e terminam com “foram felizes para sempre”
A chupeta e a mamadeira continuam firmes, mas começam a incomodar. Semana passada fizemos a primeira tentativa, a pedido dele, para dormir sem fralda. É um claro periodo de transição que se complica por conta da irmã.
Nada como Acquaman, se joga da borda de qualquer piscina sem medo algum. Fica perto da borda, numa verdadeira aula de “natação defensiva. Aos poucos as preocupações são dominuídas, a cada conquista de independência.
Antônia cresce palhaça, cheia de trejeitos e meninices. Feminina e atirada, sem medo de nada além do Saci. Abraça e distribui beijos, sempre escorrida de tinta, maquiagem, caneta, catarro, mate e melancia. Tem pernocas fortes e imita o irmão em tudo. Brinca sozinha, e adora um paninho. Paninho pra enrolar a boneca, limpar o nariz, o chão ou dormir.
Os dois me abraçam o tempo todo, vivem subindo pelas minhas costas , pelas pernas e entram cada vez mais fundo no meu coração. Eu, tenho trabalhado muito, ficado cansada e tido menos tempo do que gostaria para ficar com eles, assim…fazendo tudo e nada. Não estou perdendo o crescimento deles, mas a vontade de estar perto só aumenta. Me preparo para mais uma viagem no final de fevereiro. Onze dias sem esse cheiro, sem as coçadinhas, esses olhinhos. Queria poder apertar um botão de pausa…Pausa….Pausa….Pausa. Pra que mesmo a gente corre tanto?

2 comentários:

Nádia Figueiredo disse...

adoro a maneira como vc escreve!

Renata Selli disse...

Sempre em emociono ao ler seus textos! Amei!