Ainda não estou com o fuso horário ajustado. São onze horas da noite e eu, apesar de cansadíssima fisicamente, estou com a corda toda e algum tempo extra para atualizar o blog.
Estive em uma loja linda em Portobelo chamada Cath Kidston... Uma coisa linda.. Tecidinhos estampados, papéis de parece, roupinhas de bebê, kits de jardinagem e outras frescurinhas que eu amo... Tive vontade de comprar tudo, mas num rompante de racionalidade, resolvi comprar papel de parede e tecido para montar o quarto das crianças (achei o máximo escrever "das crianças!"). Comprei no chute porque não sei a metragem do quarto, mas acho que vai dar pra forrar uma das paredes e inventar alguma coisa com o tecido. Como de hábito, me encantei com girafas, elefantes, árvores e outros bichos da floresta. Espero que eles se encantem também...
A barriga cresce a olhos vistos e começa a se fazer mais presente a cada dia. Me dificulta os movimentos, pesa, me leva ao banheiro muito mais vezes e mostra que já estamos quase na metade do caminho. Ainda não nos conhecemos interativamente filhota, mas a mamaãe está pensando em você muito muito muito.
Os bebês rosados e lourinhos me trazem um aperto no peito e sinto o cheirinho do João a cada brisa que vem do sul. Os pais e mães atracados e atentos aos carrinhos que muitas vezes trazem mais de uma criança dentro do metrô, me inspiram e fortalecem.
Hoje falei com o Pedro pela câmera do ichat e orgulhosa soube dos detalhes da manhã de domingo atribulada que ele passou sozinho. Atencioso e cheio de si, deu um sorriso de canto de olho que denunciou sua imensa sensação de superpai.
Estou muito feliz aqui. Sinto MUITA saudade e nenhuma culpa. Sei que o tempo em que estamos juntos é intenso, inteiro, verdadeiro e dedicado. Estou longe mas me farei presente na volta e um dia tenho certeza que tanto o João quanto a Antonia poderão falar de nós com o mesmo orgulho que teremos deles.
Saudades, saudades, saudades. João... A MAMÃE TE AMA MUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUITO!
domingo, 16 de agosto de 2009
sexta-feira, 14 de agosto de 2009
From London with love...
Mais uma vez levo a barriga para dar uma volta… Grávida da Antonia mais ou menos do mesmo tempo que estava do João quando estive em Paris e Londres em 2007, embarquei com coração miúdo porque minha cria ficava no ninho.
Uma sensação estranha olhar no relógio e imaginar o que estará fazendo meu pequeno enquanto longe dele escrevo para aliviar a saudade e registrar mais um momento dessa minha vida tão rica.
Frequentemente me imagino velha, sentada numa cadeira de assento de palhinha, contando minhas aventuras a um dos muitos netos que espero ter.
Talvez para eles se tornem histórias sem muita novidade já que suas vidas, se Deus quiser, serao ainda muito mais intensas e emocionantes que a minha…
Espero poder ilustrar a narrativa com boa pronúncia do francês que ainda hei de aprender, mostrar algumas digitais de alguns dos melhores momentos e perder o fio da meada por querer detalhar cada aventura apoiada por conteúdo artístico, embasamento histórico e minúcias gastronômicas.
Quero que eles estejam quites com a vida. Que não tenham deixado de realizar nenhum desejo verdadeiro, que tenham se aventurado muito, acreditado em si mesmos e esperado da sorte pouco ou quase nada. Que aos trinta anos sintam-se como eu agora: plenamente realizada e capaz de dizer que se algo “falhar”, terei vivido intensamente.
Uma sensação estranha olhar no relógio e imaginar o que estará fazendo meu pequeno enquanto longe dele escrevo para aliviar a saudade e registrar mais um momento dessa minha vida tão rica.
Frequentemente me imagino velha, sentada numa cadeira de assento de palhinha, contando minhas aventuras a um dos muitos netos que espero ter.
Talvez para eles se tornem histórias sem muita novidade já que suas vidas, se Deus quiser, serao ainda muito mais intensas e emocionantes que a minha…
Espero poder ilustrar a narrativa com boa pronúncia do francês que ainda hei de aprender, mostrar algumas digitais de alguns dos melhores momentos e perder o fio da meada por querer detalhar cada aventura apoiada por conteúdo artístico, embasamento histórico e minúcias gastronômicas.
Quero que eles estejam quites com a vida. Que não tenham deixado de realizar nenhum desejo verdadeiro, que tenham se aventurado muito, acreditado em si mesmos e esperado da sorte pouco ou quase nada. Que aos trinta anos sintam-se como eu agora: plenamente realizada e capaz de dizer que se algo “falhar”, terei vivido intensamente.
quinta-feira, 6 de agosto de 2009
Beijo na minha irmã
Aquele menininho grande, já bem mais autoconfiante e seguro vinha andando com os pézinhos calçados em minúsculos (fofíssimos!) crocs azul marinho, com o creme anti estrias em uma das mãos.
Sombrancelhas levantadas, boca entreaberta e fala cheia de interjeições na língua dos ewoks, me entregou a embalagem e eu o traduzi assim "mãe, toma isso pra vc passar na sua bolota." Num instante parei tudo que estava fazendo e sentei no chão, na fente dele levantando a blusa e disse: "Ah.. Você quer passar creme na mamãe? Quer fazer carinho na sua irmã?"e fui passando creme na palminha gorducha que achava divertidíssima a textura gelada e gosmenta. Então, parecendo bastante acostumado ao ritual, espalhou o creme como quem limpa o blindex embassado durante uma chuveirada quente... Após alguns segundos, me olhou fixamente (como SÓ ELE SABE FAZER) e sem nenhum tipo de estímulo além dele mesmo, ABRAÇOU A MINHA BARRIGA, DEITOU A CABEÇA NELA E AINDA OLHOU PRA MIM como quem diz: "Tô sabendo mamãe..."
Foi uma das coisas mais emocionantes da minha vida.
Sombrancelhas levantadas, boca entreaberta e fala cheia de interjeições na língua dos ewoks, me entregou a embalagem e eu o traduzi assim "mãe, toma isso pra vc passar na sua bolota." Num instante parei tudo que estava fazendo e sentei no chão, na fente dele levantando a blusa e disse: "Ah.. Você quer passar creme na mamãe? Quer fazer carinho na sua irmã?"e fui passando creme na palminha gorducha que achava divertidíssima a textura gelada e gosmenta. Então, parecendo bastante acostumado ao ritual, espalhou o creme como quem limpa o blindex embassado durante uma chuveirada quente... Após alguns segundos, me olhou fixamente (como SÓ ELE SABE FAZER) e sem nenhum tipo de estímulo além dele mesmo, ABRAÇOU A MINHA BARRIGA, DEITOU A CABEÇA NELA E AINDA OLHOU PRA MIM como quem diz: "Tô sabendo mamãe..."
Foi uma das coisas mais emocionantes da minha vida.
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