sexta-feira, 6 de novembro de 2009

O sapo que tinha rabo




O último feriado em Teresópolis foi ainda mais mágico que o anterior.
Saímos em busca dos "peixes" da nascente de varinha comprida em punho. A excitação começa já nas escadinhas por onde ele desce com uma das mãos agarrada à minha e a outra com a varinha. Aquela passagem quase secreta entre as babosas ainda estava muito coberta de musgo e limo o que a torna ainda mais misteriosa... Sentados no último degrau antes do poço, começamos a cutucar os girinhos e qual não foi a nossa surpresa.. !! Um deles estava completamente verde, já tinha as patas da frente e as de trás mas ainda conservava o rabinho!! Era praticamente um sapo! Ficamos ali muitos minutos, esquecidos de todos que deviam estar dentro de casa sem notar o nosso sumiço. A boca da calça de moletom estava toda molhada e as investidas da varinha na água espirraram água também no casaco e no cabelo. A Cuca, nossa companheira de aventuras sempre por perto, com a bola na boca, acabou deixando cair o brinquedo e quem disse que conseguíamos regatá-lo? Eu, desequilibrada como estou, corria o risco de cair lá dentro ou pior, me espatifar de bunda na escada.. O João, estava interessado demais nas criaturinhas verdes para perder tempo com a bola cor de rosa, sua velha conhecida. Ela não se fez de rogada: deu um pulo naquela água gelada e pé ante pé conseguiu de volta sua amiga! "Bravo Cuca! Agora corre daqui, antesque o papai te veja e comece a esbravejar!!!"

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