Não posso deixar de registrar aqui, mesmo que em poucas palavras como foi a experiência grávida no Reveillon....
Tudo bem que eu não esperava nada muito difernte do que aconteceu, mas eu estava irreconhecível.... Nada de pulos e dancinhas. Nada de cantorias e ligações emocionadas para os amigos à meia-noite.
No último mês comecei a me sentir mais grávida que antes...Uma sensação estranha de andar vagaroso, tombando para a direita e esquerda como uma pata a caminho do lago.
Alguma dificuldade para amarrar os cadarços e abaixar para pegar a bola da Cuquinha e brincar no corredor. Um sono invasor que me domina completamente no momento em que termino de passar a última camada de hidratante e óleo de amêndoas na barrigona em formato de lua cheia que já me impede de enxergar os pés...
Meu corpo já não acompanha a cabeça e começo a me conformar com isso. Não com a gravidez que já é um fato consumado, mas com as limitações naturais que ela me impõe...
Talvez seja um tempo diferente. Um rito de passagem necessário para essa mãe de desejos e inqueitações constantes, sempre com um senso de urgência transbordando em um turbilhão de palavras despejadas no trabalho, em casa, no Baixo, no Jobi, nas minhas anotações.
Tive vontade de chorar à meia-noite e não sabia exatamente o que pensar naquele momento... As palavras sairam naturalmente e resumiram um pouco de tudo que eu sentia da varanda daquele apartamento, vendo os fogos e a árvore iluminada... Disse pro Pedro que ele é o amor da minha vida e que ele pode contar comigo pra tudo. João... Você está bem parado com esse pai e essa mãe que escolheram pra você...
Nenhum comentário:
Postar um comentário